Ouça a nossa programação

VISITEM NOSSAS REDES SOCIAIS CLICANDO NAS IMAGENS
- - - - - - - - - - Twitter - - - - - - Instagram - - - - - - WebTv - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

quarta-feira, 31 de março de 2021

Auxílio Emergencial: governo anuncia pagamento do benefício já na próxima semana

imagem: arquivo / reprodução

A previsão é de que sejam efetuados em quatro parcelas, com valores de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375, a depender da situação de cada família


O governo federal anunciou nesta quarta-feira (31) a volta do auxílio emergencial. O pagamento do benefício está previsto para iniciar na terça-feira (6) da próxima semana. O anúncio foi feito após reunião entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Cidadania, João Roma, e os presidentes da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e da Dataprev, Gustavo Canuto.

Segundo Bolsonaro, apesar de o auxílio voltar a ser pago à população, o Brasil precisa acabar com a política de lockdown. Além disso, o chefe do Executivo afirma que o país avança nos projetos de aplicação de vacinas contra a Covid-19 e defendeu a retomada das atividades de forma segura.

"O governo sabe que não podemos continuar por muito tempo com esses auxílios, que gera custos para toda a população e pode desequilibrar a nossa economia. Nós queremos, realmente, voltar à normalidade o mais rápido possível. Mas, fazemos o possível para atender a população com vacina. Agora, repito, o Brasil tem que voltar a trabalhar", pontuou.

Restrições
O auxílio concedido em 2021 conta com mais restrições do que o fornecido no ano passado. A previsão é de que sejam pagas quatro parcelas, com valores de R$ 150, R$ 250 ou R$ 375, a depender da situação de cada família. Haverá, ainda a limitação de um benefício por família.


A projeção é de que a medida abranja mais de 45 milhões de pessoas, ou seja, cerca de 22 milhões a menos do que no auxílio emergencial de R$ 600, pago em meados de 2020, quando 68,2 milhões foram beneficiados. Como explicou o ministro da Cidadania, João Roma, durante o anúncio da continuidade do auxílio.  

"Aqueles que estavam aptos, em dezembro, permanecem recebendo o auxílio, com exceção dos que foram identificados com itens que não permitem o ingresso na lista para receber o auxílio em 2021. Mas, sem dúvida nenhuma, mais de 40 milhões de famílias que passam por situações muito sofridas nesse momento, poderão ter acesso ao benefício do auxílio emergencial em 2021", salienta.


Um dos critérios para receber o benefício é ter feito parte do auxílio anterior e, portanto, já estar inscrito nos cadastros públicos usados para a análise dos pedidos. Sendo assim, a pessoa que não faz parte dos cadastros não receberá uma das quantias previstas.

Ao avaliar os critérios, o governo deve aprovar se trabalhador atende as exigências para ter acesso ao benefício automaticamente, sem a necessidade de se manifestar. Para fazer o pagamento, o governo deve depositar o dinheiro nas contas digitais gratuitas abertas pela Caixa em nome dos beneficiários do auxílio em 2020.

Fonte: Br 61


Notícia com apoio cultural de    http://emporionaturalista.com.br 


Outros_Notícia - Q-Saudavel.

imagem: arquivo / reprodução

Os cursos estão divididos entre diversos estados nas modalidades presencial, semipresencial e à distância


O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) está oferecendo mais de 20 mil vagas para cursos por diversos estados do país, nas modalidades presencial, semipresencial e à distância (on-line). Além disso, mais de seis mil dessas oportunidades são de cursos gratuitos.

O SENAI do Distrito Federal, por exemplo, está com cerca de 6 mil vagas abertas para cursos gratuitos de qualificação profissional e de aperfeiçoamento, além do curso técnico em Segurança do Trabalho. São 2.268 vagas do Programa SENAI de Gratuidade Regimental e outras 3.904 do DF Inova Tech. Para se inscrever, é necessário preencher o formulário no site do SENAI/DF.

Outro estado que oferece muitas oportunidades é o SENAI de Tocantins, com mais de 21 turmas. São mais de 700 vagas em cursos como o de Eletricista Residencial, Almoxarife, Operador de Computador, Pintor de Obras Imobiliárias, Supervisor Inovador, Auxiliar de Recursos Humanos, entre outras opções on-line, presenciais e semipresenciais distribuídas nas unidades do Tocantins. Para acessar todas as vagas disponíveis pelo SENAI, basta acessar https://noticias.portaldaindustria.com.br

Fonte: Br 61



Notícia com apoio cultural de    http://qsaudavel.com 


Própolis vermelha pode funcionar como tratamento contra esquistossomose

imagem: arquivo / reprodução

Em estudos realizados in vitro e em camundongos, extrato natural foi mais eficiente que o único medicamento hoje disponível para o combate à verminose (foto: acervo dos pesquisadores)


Velha conhecida pelos poderes bactericidas e antifúngicos, a própolis vermelha também se mostrou um agente antiparasitário potente capaz de reduzir o número de ovos e matar os vermes causadores da esquistossomose.

Em experimentos realizados na Universidade Guarulhos, com apoio da FAPESP, 400 mg/kg do extrato foram suficientes para reduzir mais de 60% da carga parasitária em camundongos infectados com o verme Schistosoma mansoni. A ação foi observada tanto em vermes na fase adulta quanto na imatura (vermes jovens). Os testes em cultura mostraram ainda os efeitos da própolis vermelha em inviabilizar o acasalamento e a produção dos ovos do verme.

"As própolis, em especial a vermelha, já têm ação muito conhecida contra bactérias e fungos. Elas têm a função de proteger a colmeia de intrusos e já era esperado que algumas de suas mais de 20 substâncias atuassem contra agentes infecciosos parasitários. O que nos surpreendeu foi ela atravessar o tegumento do verme e matar tanto vermes adultos quanto imaturos, algo que o tratamento convencional da esquistossomose não faz", afirma Josué de Moraes, professor da Universidade Guarulhos e autor do artigo publicado no Journal of Ethnopharmacology.

Com isso, os resultados obtidos com a própolis vermelha sugerem que o produto natural possa ser mais eficiente para o tratamento da doença que o único medicamento existente. Vale lembrar que, para que a própolis vermelha seja receitada contra a esquistossomose, será necessária a realização de testes em humanos com a verminose.

Super-helmintos

A esquistossomose é a principal doença parasitária por helmintos e atinge por ano cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. A despeito de sua abrangência, um único medicamento tem sido indicado para o tratamento da esquistossomose há cerca de 40 anos.

"Embora efetivo, o praziquantel tem limitações importantes. Diferente do que foi observado no estudo com a própolis vermelha, o medicamento não combate a infecção precoce, causada pelos vermes jovens. Ele tem efeito apenas em vermes adultos, o que exige que o paciente espere o ciclo de crescimento do verme até o estágio adulto (infecção crônica) para iniciar o tratamento", afirma.

Outra limitação do praziquantel está na resistência de alguns vermes a ele. Com cerca de 40 anos no mercado e sem nenhum tratamento alternativo, já foram isolados e identificados vermes com suscetibilidade reduzida ao medicamento.

O projeto de pesquisa coordenado por Moraes no Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas da Universidade Guarulhos busca o reposicionamento de fármacos no tratamento da esquistossomose.

"Por ser uma doença negligenciada relacionada à pobreza e falta de saneamento básico, estudos de reposicionamento de fármaco se tornam a via única para a descoberta de novos tratamentos para doenças negligenciadas, como a esquistossomose. O reposicionamento de fármaco tende a ser um processo mais rápido e barato que o desenvolvimento de novos fármacos", diz Moraes.

Ao longo do projeto de pesquisa, o grupo testou 73 anti-inflamatórios não esteroidais comercializados no Brasil e em outros países. De todos os medicamentos testados, cinco apresentaram eficiência no tratamento da infecção, sendo o ácido mefenâmico (medicamento para cólicas menstruais) o que apresentou resultados mais promissores até agora (leia mais em: https://agencia.fapesp.br/31232/).

Em outro artigo, publicado este ano na, Trends in Parasitology, Moraes fez uma comparação com a aprovação de novos medicamentos pela agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA).

"De todos os 604 medicamentos aprovados pela FDA no século 21 – entre novas drogas e reposicionamento de fármacos –, apenas nove são antiparasitários, sendo que apenas dois deles são anti-helmínticos. Costumo dizer que as verminoses estão entre as mais negligenciadas entre as doenças negligenciadas", afirma.

Mas por que a própolis vermelha?

Moraes explica que a opção por estudar os efeitos da própolis vermelha nesse projeto se deu pelo fato de o produto natural ter sido bem caracterizado no presente artigo e em estudos anteriores pelos pesquisadores Severino M. Alencar, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo, e Bruno Bueno-Silva, do Departamento de Odontologia da Universidade Guarulhos. Ambos são colaboradores do Núcleo de Pesquisa em Doenças Negligenciadas da Universidade Guarulhos.

"A própolis vermelha brasileira vem chamando a atenção nos últimos anos por seu potencial farmacológico e também pela ação antimicrobiana e anti-inflamatória. Nossa pesquisa não investigou o mecanismo da própolis vermelha no esquistossomo. O trabalho avaliou, por microscopia eletrônica de varredura, a ação do extrato da própolis vermelha de uma maneira indireta. Analisamos, por exemplo, se esse produto natural, que é composto por diversas substâncias, conseguia atravessar o tegumento do parasito, aumentando assim o potencial de atingir um ou mais alvos, que não identificamos, e assim matar o verme", diz.

Moraes afirma que o mais provável é que as própolis verde e marrom também apresentem algum efeito sobre a esquistossomose, mas que serão necessários estudos específicos com os outros dois produtos naturais.

A descoberta pode ter ainda aplicação em outras verminoses. "O esquistossomo é modelo para o estudo de infecções (em humanos e animais) causadas por outros tipos de vermes do grupo dos platelmintos, chamados de vermes chatos, como as tênias. A descoberta, portanto, abre uma oportunidade para novos estudos sobre o tratamento de outras doenças que acometem humanos, cães e gatos, e que também são tratadas com o praziquantel", diz.

O artigo Brazilian red propolis exhibits antiparasitic properties in vitro and reduces worm burden and egg production in an mouse model harboring either early or chronic Schistosoma mansoni infection (doi: 10.1016/j.jep.2020.113387), de Marcos P. Silva, Thiago M. Silva, Ana C. Mengarda, Maria C. Salvadori, Fernanda S. Teixeira, Severino M. Alencar, Givelton C. Luz Filho, Bruno Bueno-Silva, Josué de Moraes, pode ser lido em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378874120332724.

O artigo FDA-Approved Antiparasitic Drugs in the 21st Century: A Success for Helminthiasis? (doi: 10.1016/j.pt.2020.04.005), de Josué de Moraes e Timothy G. Geary, pode ser lido em www.cell.com/trends/parasitology/fulltext/S1471-4922(20)30102-1.

Fonte: Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP


Notícia com apoio cultural de    http://emporionaturalista.com.br 


Hospital Universitário de Sergipe tem cirurgia pioneira para tratar perda de olfato causada pela Covid-19

imagem: arquivo / reprodução

O serviço é disponível a qualquer cidadão que preencha os requisitos e tenha encaminhamento médico emitido pelo SUS


O Hospital Universitário de Sergipe (HU-UFS), vinculado à Rede Ebserh/MEC, desenvolveu técnica cirúrgica para tratar pacientes que tiveram como sequela da Covid-19 a perda do olfato definitiva. A cirurgia é pioneira no Brasil e realizada por meio de encaminhamento médico emitido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O estudo realizado pela equipe responsável chegou à conclusão de que pacientes que tiveram anosmia (perda total do olfato) realizavam tratamento clínico convencional a base de uso de medicamentos e treinamento olfativo, mas não prosseguiam o tratamento até o final, pois a recuperação total pode durar até 2 anos. Com isso, a cirurgia para anosmia definitiva foi desenvolvida baseada em conceitos das cirurgias micro e transnasal.

A anosmia definitiva é quando o indivíduo tem por diferentes razões a perda do olfato. Diversas viroses ocasionam o sintoma, bem como traumas cranianos e cirurgia de retirada de tumor na base da cabeça. Mas a Covid-19 aumentou a incidência nos casos de perda de olfato. Como explica o cirurgião otorrinolaringologista responsável pelo procedimento no Hospital Universitário de Sergipe (HU-UFS), Ronaldo Carvalho.

"De 2 terços a 85% das pessoas que tiveram a Covid-19 sintomática desenvolveram a anosmia. Desses, 30% têm recuperação parcial e 5 a 10% desenvolvem a perda definitiva. Apesar de treinamentos olfativos e medicações, os pacientes não recuperam", diz.

Os primeiros pacientes serão submetidos a cirurgia a partir da segunda quinzena de abril, pois ainda estão em fase de exames. O procedimento é minimamente invasivo, envolvendo a transferência de nervos da perna para o nariz. "Pegamos o nervo funcionante e transportamos para a região do epitélio neuro olfatório que está destruído, para que o nervos funcionantes, com a liberação de funções neurotransmissoras e modeladoras, restabeleçam o funcionamento do olfato", explica o otorrino Ronaldo Carvalho.

Se no prazo de 6 meses o paciente não demonstrar melhora no retorno da função olfativa, o procedimento cirúrgico é oferecido. Para isso, é necessário encaminhamento médico emitido pelo SUS ao Hospital Universitário de Sergipe, onde os candidatos são avaliados.

Nesse primeiro momento, grande parte dos pacientes são da região sergipana, mas a oportunidade é oferecida a qualquer cidadão. Ronaldo Carvalho acredita que com o aumento no número de casos da Covid-19, a procura pela cirurgia será grande. "A incidência de anosmia é muito alta pós Covid, precisamos avaliar se os pacientes conseguem se recuperar com tratamentos corriqueiros, ou se vão ser caracterizados por anosmia persistente e definitiva, podendo ser candidatos ou não ao procedimento".

Normalmente, o indivíduo que foi infectado com a Covid-19 recupera o olfato em 15 dias, mas não é difícil encontrar casos que perduram por mais tempo. A artesã Sabrina Silva Duarte contraiu o vírus em 2020, mas alega que ainda não recuperou esses sentidos de forma integral. "Já faz 8 meses que estou sem olfato e paladar desde que contraí o vírus. Para melhorar, faço treinamento olfativo com óleos essenciais. Porém, é muito ruim não sentir o sabor dos alimentos e tenho medo do meu paladar não voltar por um vírus que ainda não sabemos de tudo", lamenta a artesã.

A infectologista Ana Helena Germoglio destaca que na maioria dos casos a anosmia causada pela Covid-19 é quase sempre reversível. "Na maioria dos pacientes ela é de instalação súbita, de um dia para o outro, mas de recuperação lenta e gradual, porém, relativamente rápida por durar cerca de duas semanas. Em uma pequena parcela de pacientes essa alteração pode persistir". A médica disse ainda que existe a possibilidade do indivíduo se recuperar duas vezes da Covid-19 e perder o olfato e paladar novamente.

O olfato é um sentido que protege o ser humano em situações do dia a dia, como perceber o gás vazando, sentir o cheiro de comida estragada ou até mesmo queimada. Além da cirurgia pioneira oferecida, o tratamento convencional consiste em medicamentos e treinamento olfativo, que consiste em inalar diferentes odores, pelo menos duas vezes ao dia, como café, limão, óleos essenciais e até chocolate.

Outros sintomas também estão atrelados à Covid-19, como falta de ar, fadiga, febre, diarreia e dor de cabeça. As sequelas da doença são determinadas pelo tipo e força do vírus que o indivíduo contraiu, podendo levar a perda de massa muscular, fibrose pulmonar e acometimento cardíaco e renal.

Fonte: Br 61



Notícia com apoio cultural de    http://qsaudavel.com 


Cientista brasileira anuncia criação de produtos que inativam o coronavírus em segundos

imagem: arquivo / reprodução

Cientistas se dedicam a estudar o vírus da Colvid-19 desde sua chegada no Brasil
Crédito: Shutterstock


A cientista brasileira Aleksandra Valério anunciou a criação de produtos que inativam o coronavírus em segundos e podem ajudar no combate à Covid-19. Junto à sua equipe, formada, em sua grande maioria, por mulheres, ela atua na TNS Nano, empresa de nanotecnologia, pesquisando o vírus desde o começo da pandemia. Frente a dez pesquisadores, ela se dedica a desenvolver ferramentas nanotecnológicas para inativar micro-organismos.

O primeiro produto anunciado é um aditivo antiviral que inativa o Sars-CoV-2 em 30 segundos de contato. São esferas pequenas que atacam e destroem a barreira em torno do vírus. "Elas funcionam como guerreiras", diz a doutora.

Outros dois produtos também são aditivos antivirais, porém, à base de íons de prata. O primeiro, chamado de Protec-20, é estabilizado com aditivos naturais e também inativa o vírus. O segundo é um spray antiviral, feito em parceria com o Senai Paraná, que forma uma película protetora nas superfícies por, no mínimo, 72 horas.

Por último, o grupo criou outro aditivo antiviral, mas com nanopartículas de cobre e propriedade bactericida, antifúngica e antiviral. A novidade minimiza contaminações cruzadas e pode ser usada na fabricação de tecidos, acrílicos e plásticos. "Temos três produtos com ação antiviral, mas cada um feito a partir de um processo diferente. A ideia é que as novidades atendam legislações nacionais e internacionais, sempre dando segurança ao usuário final", explica a cientista.

Aleksandra faz parte do grupo de mulheres que trabalham desde a chegada do vírus no Brasil. Em seu currículo, ela contabiliza quatro pós-doutorados em Engenharia, Polímeros e Biotecnologia e tem mais de 80 artigos publicados em revistas nacionais e internacionais.

A responsabilidade de descobrir produtos que inativam o coronavírus neste momento de pandemia traz à ela o sentimento de pertencer à linha de frente. "Ao criar produtos que podem minimizar os riscos de contaminação da doença, me sinto parte ativa da luta contra a pandemia", explica.

Fonte: Exame / Olhar Digital



Notícia com apoio cultural de    http://qsaudavel.com 


domingo, 28 de março de 2021

O TEMPO E A TEMPERATURA: Chuva persiste no Sudeste neste domingo (28)

imagem: arquivo / reprodução

O que provoca chuva nas áreas entre boa parte de São Paulo, Sul de Minas e Zona da Mata é a combinação entre calor e umidade


A chuva persiste na região Sudeste neste domingo (28). O que provoca chuva nas áreas entre boa parte de São Paulo, sul de Minas e Zona da Mata é a combinação entre calor e umidade. No Espírito Santo e no Norte Fluminense, um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis pode provocar chuva forte durante o dia.

As temperaturas variam entre 15 e 36 graus. A umidade relativa do ar pode variar entre 30 e 100 por cento.

As informações são do Somar Meteorologia.

Fonte: Br 61


Notícia com apoio cultural de    http://emporionaturalista.com.br 


sábado, 27 de março de 2021

Pagamento do ICMS será adiado para micro e pequenas empresas

imagem: arquivo / reprodução

A aprovação veio do Comitê Gestor do Simples Nacional, que coordena as ações para o segmento


Aprovada medida que adia por três meses o pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do regime tributário para micro e pequenas empresas. A aprovação veio do Comitê Gestor do Simples Nacional, que coordena as ações para o segmento. A decisão foi motivada pela necessidade de aprovar ações de apoio no combate aos efeitos da Covid-19 na economia. Essa medida está valendo para as receitas geradas entre os meses de março e maio.

O impacto dessa ação está avaliado em R$ 25 bilhões de reais, incluindo impostos federais e estaduais. Para se ter uma ideia, apenas no Pará, cerca de 45 mil microempresas e empresas de pequeno porte (EPP) ativas vão poder se beneficiar.

Com a prorrogação, os impostos apurados em março, que venceriam em abril, poderão ser pagos em duas parcelas, com vencimentos em 20 de julho e 20 de agosto. O ICMS relativo às movimentações de abril, com data de vencimento original em maio, também poderá ser quitado em duas vezes, com o primeiro pagamento em 20 de setembro e o segundo em 20 de outubro. E o pagamento do tributo referente a maio, que venceria em junho, fica adiado para 22 de novembro e 20 de dezembro.

Fonte: Br 61



Notícia com apoio cultural de    http://qsaudavel.com 


“Melhor forma de erradicar a miséria é dar dinheiro para o pobre”, diz Guedes no Senado

imagem: arquivo / reprodução

Ministro da Economia avaliou que Brasil enfrentou duas guerras com as duas ondas da pandemia, em audiência pública com a Comissão Temporária da Covid-19 do Senado Federal


O ministro da Economia, Paulo Guedes, participou de audiência pública no Senado Federal nesta quinta-feira (25). O diálogo faz parte das ações da Comissão Temporária da Covid-19, criada em fevereiro. Sabatinado sobre as estratégias econômicas na pandemia, Guedes comentou sobre o auxílio emergencial, o enfrentamento do governo ao vírus e outros temas.

Nas falas iniciais o ministro criticou as políticas econômicas dos governos anteriores à gestão de Bolsonaro no que se refere à assistência social.

"A melhor forma de erradicar a miséria é dar dinheiro para o pobre. Tivemos que ter uma pandemia para aprender que o dinheiro tem que ir para o pobre sem um intermediário. Os intermediários são essas aparelhagens políticas do país, que, ao invés de dar o dinheiro direto para quem precisa, o mesmo ia para as corporações, sindicatos, grupos políticos que se elegem", afirmou.

Ainda sobre programas de assistência às camadas mais vulneráveis da população, Paulo Guedes disse que o Brasil pode fazer um trabalho muito importante no tema com a criação de um fundo de renda básica.

"Imagina que tenhamos esse Fundo Brasil, separemos os ativos que dão retorno, os que vão ser vendidos, colocamos nesse Fundo Brasil e podemos fazer o seguinte: o que for mantido sob o estado, esses dividendos, uma parte disso, pode ir para ajudar no Renda Brasil, complementar, permitir um programa social mais robusto. Esses dividendos, vendas eventuais de empresas estatais, para que o povo sinta que as estatais são deles."

Lockdown e medidas sanitárias
A Comissão Temporária da Covid-19 é composta por seis senadores titulares e seis senadores suplentes, que participaram da audiência com apontamentos e perguntas. O ministro foi questionado pelo senador, Wellington Fagundes (PL-MT), sobre a visão econômica da estratégia de lockdown, com fechamento de atividades não essenciais para conter o avanço do coronavírus.

O parlamentar citou a carta pública de economistas, assinada por ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central, por exemplo, que afirma que "é urgente que os diferentes níveis de governo estejam preparados para implementar um lockdown emergencial."

Guedes foi breve na resposta. "O lockdown é para desacelerar a velocidade de contágio enquanto se acelera a velocidade de vacina", disse. Representantes do governo federal também não comentaram sobre a possibilidade do isolamento social na tarde de ontem (24), quando o presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou a criação de um comitê estratégico contra a pandemia. Bolsonaro, porém, garantiu que o Brasil se dedicará à vacinação em massa.

O ministro opinou que o país viveu "duas guerras" com as duas ondas de casos e óbitos em decorrência da Covid-19, mas pontuou que a economia começava a apresentar retornos positivos no fim de 2020, frustrados pelas novas cepas do vírus e evolução da transmissão. Para ele, o momento é de buscar vacinas para aumentar o ritmo de imunizações.

"Temos que vacinar em massa aceleradamente, nos próximos 30, 60 dias, vacinar com o setor privado, com o setor público. Se o setor privado der as vacinas para vacinar idosos, a gente pode dar isenção para as doações. Se os bilionários brasileiros quiserem ajudar, e querem ajudar, podem ter isenção para comprar vacinas e doar ao povo brasileiro."

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) levantou que as atitudes comportamentais de representantes do governo e a falta de adoção de medidas recomendadas pelos órgãos de saúde de todo o mundo, como o uso de máscara, prejudicaram o Brasil em diversos campos ao longo de 2020. Segundo o parlamentar, Guedes não pode avaliar o fim do ano passado como uma guerra vencida só observando possíveis retomadas econômicas.

"As medidas sanitárias foram desrespeitadas, foram ridicularizadas, foram menosprezadas. Talvez não pelo ministro Paulo Guedes, que está reafirmando que tem juízo, mas por outros do governo com certeza, e com muita influência, inclusive do presidente da República. Quase como uma guerra ideológica. Só porque o petista usa máscara eu não vou usar máscara, porque fulano preconizou o isolamento social, eu vou dizer que não precisa. Tanto que o pessoal que fazia isso percebeu e parece mudar de hábitos."

Educação
Os problemas da educação do país com escolas fechadas também foram citados. Na avaliação de Guedes, o contexto atual do aprendizado no Brasil vive uma tragédia, mas há recursos disponíveis para o enfrentamento.

"Não podemos perder esses jovens que estão em casa, os mais frágeis sem equipamentos, em cômodos com seis, sete pessoas confinadas, sem conseguir ter aulas a distância. O ideal era vacinar os professores. Não podemos perder essa geração de crianças com um, dois, três anos sem aulas. Recursos não faltam", comentou. A audiência teve início às 10h e foi finalizada às 12h25.

Fonte: Br 61



Notícia com apoio cultural de    http://qsaudavel.com 


Câmara aprova PL que amplia doenças detectadas pelo teste do pezinho

imagem: arquivo / reprodução

Atualmente o SUS realiza um teste que engloba seis doenças pelo projeto, o exame passará a englobar 14 grupos de doenças de forma escalonada




A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que amplia o número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho, realizado com a coleta de gotas de sangue dos pés do recém-nascido. O texto seguiu para análise do Senado, as mudanças propostas entrarão em vigor 365 dias após sua publicação.

Atualmente, o SUS realiza um teste que engloba seis doenças. Pelo projeto, o exame passará a englobar 14 grupos de doenças de forma escalonada, em três etapas. O prazo para inclusão do rastreamento das novas doenças será fixado pelo Ministério da Saúde.

O projeto também prevê que durante os atendimentos de pré-natal e de trabalho de parto, os profissionais de saúde devem informar à gestante e aos acompanhantes sobre a importância do teste do pezinho e sobre eventuais diferenças existentes entre as modalidades oferecidas no SUS e na rede privada de saúde.

Fonte: Br 61


Notícia com apoio cultural de    http://emporionaturalista.com.br 


sexta-feira, 26 de março de 2021

SP: governo do estado mobiliza empresas privadas para produção e distribuição de oxigênio

imagem: arquivo / reprodução

O objetivo é aumentar a disponibilidade do gás hospitalar e dos cilindros necessários para a criação de novos leitos


O governo de São Paulo iniciou uma ação de mobilização da iniciativa privada para produção e distribuição de oxigênio. Nesta segunda-feira (22), o governador do estado, João Doria, participou de uma reunião virtual com fornecedores de gases hospitalares e demais empresas que podem contribuir com a produção e logística do produto no estado.

O objetivo é aumentar a disponibilidade do gás hospitalar e dos cilindros necessários para a criação de novos leitos. Para os leitos já existentes, os fornecedores asseguraram o fornecimento. Com isso, o estado espera não sofrer com o desabastecimento.
 
Durante o encontro, as companhias que fornecem gases hospitalares em São Paulo informaram que vão honrar os contratos em andamento, inclusive considerando a ampliação na estrutura hospitalar devido a abertura dos novos leitos.

A iniciativa contou com a participação de grandes empresas que já aderiram à ação de fornecimento de oxigênio para os pacientes graves contaminados pelo coronavírus. A AMBEV, por exemplo, vai montar, em 10 dias, uma usina exclusivamente dedicada ao envase de oxigênio na região de Ribeirão Preto, para fornecimento gratuito ao setor público de saúde.

Fonte: Br 61



Notícia com apoio cultural de    http://qsaudavel.com 


Outros_Notícia - Q-Saudavel.

imagem: arquivo / reprodução





Notícia com apoio cultural de    http://qsaudavel.com 


Pesquisadores da USP encontram coronavírus na gengiva de pacientes com COVID-19

imagem: arquivo / reprodução

Detecção do SARS-CoV-2 no tecido periodontal contribui para desvendar uma das possíveis fontes do novo coronavírus na saliva (imagem: Pixabay)


 Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) detectaram, pela primeira vez, a presença do SARS-CoV-2 no tecido periodontal de pacientes com COVID-19 que faleceram em decorrência da infecção.

Durante um procedimento de autópsia minimamente invasiva, eles realizaram biópsias de pacientes diagnosticados com COVID-19 que morreram no Hospital das Clínicas da FM-USP e observaram, por meio de análises por RT-PCR e histopatológicas, a presença do SARS-CoV-2 na gengiva.

Os resultados do estudo, apoiado pela FAPESP, foram publicados no Journal of Oral Microbiology.

As descobertas contribuem para desvendar uma das possíveis fontes do novo coronavírus na saliva de pacientes com COVID-19, sublinham os autores do estudo.

"A presença do SARS-CoV-2 no tecido periodontal pode ser um dos fatores que contribuem para a presença desse vírus na saliva de pacientes infectados e demonstra que as origens do novo coronavírus em gotículas salivares não são somente as vias respiratórias", diz à Agência FAPESP Bruno Fernandes Matuck.

Antes do surgimento do SARS-CoV-2, outros poucos vírus, como o do herpes simples (HSV), o Epstein-Barr (EBV) e o citomegalovírus humano (HCMV) já tinham sido detectados em tecidos gengivais. As possíveis fontes de infecção podem ser as células epiteliais da gengiva, expostas à cavidade oral, e a migração desses vírus pela corrente sanguínea.

Em razão da alta infecciosidade do SARS-CoV-2 em comparação com outros vírus respiratórios, os pesquisadores levantaram a hipótese de que o novo coronavírus poderia se replicar na cavidade bucal e, dessa forma, aparecer na saliva.

A fim de testar essa hipótese, eles mapearam componentes da cavidade bucal que contribuem com a composição da saliva. Entre eles, as glândulas salivares, o tecido periodontal e células do trato respiratório superior.

"A ideia foi procurar dentro desses três componentes o que estaria contribuindo para a saliva de pacientes com COVID-19 apresentar uma carga viral tão alta", explica Matuck.

Por meio de um sistema de endoscópio por vídeo, acoplado a um smartphone, foi possível localizar e extrair, utilizando pinças, amostras desses tecidos e também das papilas gustativas e do epitélio respiratório de, inicialmente, sete pacientes mortos por COVID-19, com idade média de 47 anos.

As análises das amostras indicaram a presença do SARS-CoV-2 no tecido periodontal de cinco dos sete pacientes até 24 dias após a manifestação dos primeiros sintomas da infecção em alguns casos.

"Esses achados mostram que o tecido periodontal parece ser um alvo do SARS-CoV-2, podendo contribuir, por muito tempo, para a presença do vírus em amostras de saliva", afirma Matuck.

Os pesquisadores ponderam que a infecção do tecido periodontal pelo SARS-CoV-2 e a presença do vírus na saliva por longo tempo não significa que as partículas do RNA viral sejam infecciosas por todo esse tempo.

"Outros estudos demonstraram que a capacidade de contágio do vírus diminui ao longo do tempo e atinge o pico em 15 dias", diz Luiz Fernando Ferraz da Silva, professor da FM-USP e coordenador do estudo.

Periodontite e COVID-19

A detecção do SARS-CoV-2 na gengiva também corrobora a hipótese de que a inflamação do tecido gengival (periodontite) aumenta o risco de apresentar quadros graves de COVID-19, avaliam os pesquisadores.

Isso porque pessoas com periodontite têm maior secreção do fluido gengival que compõe a saliva. Além disso, comorbidades como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica, fatores que podem contribuir para um pior prognóstico de COVID-19, estão altamente associadas à doença periodontal.

"Uma vez que o SARS-CoV-2 infecta o tecido periodontal, a maior secreção de fluido gengival eleva a carga do vírus na saliva", afirma Matuck.

O estudo também confirma a acurácia de testes de COVID-19 pela saliva, como o desenvolvido no Brasil pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e de Células-Tronco (CEGH-CEL) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP (leia mais em agencia.fapesp.br/34718/).

"Da mesma forma que o exame de RT-PCR é importante porque detecta o vírus em secreções nasofaríngeas, o SARS-CoV-2 também pode ser detectado com muita precisão na saliva porque há carga viral sustentada nesse fluido em pacientes infectados", afirma Silva.

Os pesquisadores pretendem analisar, agora, a carga viral de SARS-CoV-2 no tecido periodontal de pessoas com COVID-19 assintomáticas ou com sintomas leves da doença para avaliar se a resposta nessas células é diferente em comparação com as de pacientes em estado grave.

Atualmente, eles estão estudando os receptores de entrada do SARS-CoV-2 na cavidade bucal.

Já se sabe que a presença do vírus na boca pode ter diferentes origens. O SARS-CoV-2 infecta as células usando o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE-2) como entrada. Esse receptor pode ser encontrado em vários locais na boca, como na língua, em células epiteliais ductais das glândulas salivares e no tecido periodontal. O receptor ACE-2 também foi expresso no ligamento gengival e periodontal em fibroblastos humanos.

"Estamos tentando identificar esses receptores no tecido periodontal, nas papilas gustativas e nas glândulas salivares, para entender como ocorre a entrada do vírus na cavidade oral e verificar se isso tem relação com a perda de paladar, um dos principais sintomas da COVID-19", diz Matuck.

O artigo Periodontal tissues are targets for SARS-Cov-2: a post-mortem study (DOI: 10.1080/20002297.2020.1848135), de Bruno Fernandes Matuck, Marisa Dolhnikoff, Gilvan V. A. Maia, Daniel Isaac Sendyk, Amanda Zarpellon, Sara Costa Gomes, Amaro Nunes Duarte-Neto, João Renato Rebello Pinho, Michele Soares Gomes-Gouvêa, Suzana C.O. M. Sousa, Thais Mauad, Paulo Hilário do Nascimento Saldiva, Paulo H. Braz-Silva e Luiz Fernando Ferraz da Silva, pode ser lido no Journal of Oral Microbiology em www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/20002297.2020.1848135.

Fonte: Elton Alisson | Agência FAPESP


Notícia com apoio cultural de    http://emporionaturalista.com.br 


quarta-feira, 24 de março de 2021

Nascidos em julho já podem atualizar dados do Caixa Tem

imagem: arquivo / reprodução

Atualização foi aberta para esse público nesta quarta-feira (24), e permite mais segurança ao aplicativo do Auxílio Emergencial e do Bolsa Família



A Caixa Econômica Federal liberou a atualização do aplicativo Caixa Tem para nascidos em julho, nesta quarta-feira (24). Para realizar o procedimento, basta acessar a conversa "Atualize seu cadastro", inserir uma foto em formato de selfie e anexar os documentos pessoais solicitados, RG, CPF e comprovante de endereço.

A plataforma é utilizada para movimentações de programas como o Auxílio Emergencial e o Bolsa Família. Segundo o banco, a atualização permite mais segurança e praticidade.

O procedimento segue de forma escalonada, até 31 de março, sendo 100% digital, sem necessidade de comparecer à uma agência bancária. Nascidos em agosto e setembro podem realizar a atualização na próxima quinta-feira (25) e sexta-feira (26), respectivamente.

O cronograma segue na semana seguinte, com liberação do processo para nascidos em outubro, novembro e dezembro, nos dias 29, 30 e 31.






Fonte: Br 61


Notícia com apoio cultural de    http://emporionaturalista.com.br 


terça-feira, 23 de março de 2021

Vírus da COVID-19 pode permanecer ativo por mais de 14 dias em alguns pacientes com sintomas leves

imagem: arquivo / reprodução



Estudos conduzidos no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) têm mostrado que, em alguns pacientes com sintomas leves, o SARS-CoV-2 pode permanecer ativo no organismo por um período superior aos 14 dias de isolamento recomendados no Brasil.

Em artigo divulgado na plataforma medRxiv, em processo de revisão por pares, o grupo coordenado pela professora Maria Cassia Mendes-Correa descreve o caso de duas mulheres de aproximadamente 50 anos, moradoras de São Caetano do Sul, na Região Metropolitana de São Paulo.

Uma delas foi atendida pela primeira vez em meados de abril de 2020 e relatou que vinha há 20 dias vivenciando sintomas como tosse seca, dor de cabeça, fraqueza, dor no corpo e nas articulações. Um exame de RT-PCR feito 22 dias após o início do quadro confirmou a presença do vírus no organismo e, nos dias seguintes, a paciente apresentou náusea, vômito, perda de olfato e paladar. Um segundo teste molecular feito 37 dias após o início dos sintomas também teve resultado positivo. Em meados de maio, a maioria das queixas havia desaparecido, exceto dor de cabeça e fraqueza.

No segundo caso relatado, a paciente apresentou febre, dor de cabeça, tosse, fraqueza, coriza, náusea, dor no corpo e nas articulações em meados de maio. O primeiro teste de RT-PCR foi feito cinco dias após o início dos sintomas e deu positivo. Como o problema persistiu, um segundo teste foi feito no 24o dia e, novamente, a presença do RNA viral foi confirmada. Ao todo, a paciente permaneceu sintomática durante 35 dias, relatam os pesquisadores.

"Por se tratar de casos atípicos, as amostras de secreção nasofaríngea coletadas para diagnóstico foram levadas ao IMT-USP para uma análise aprofundada. O material foi inoculado em uma cultura de células epiteliais e, após diversos testes, confirmamos que o vírus ali presente ainda estava viável, ou seja, era capaz de se replicar e de infectar outras pessoas", conta Mendes-Correa à Agência FAPESP.

Como explica a pesquisadora, as duas mulheres foram atendidas no âmbito do Programa Corona São Caetano, uma plataforma on-line criada para organizar o monitoramento remoto de moradores com sintomas por equipes de saúde e a coleta domiciliar de amostras para diagnóstico. A iniciativa envolve a prefeitura local, a Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), a startup MRS - Modular Research System e o IMT-USP (leia mais em: agencia.fapesp.br/33604/).

Com apoio da FAPESP, o grupo de Mendes-Correa acompanhou durante seis semanas outros 50 participantes atendidos no programa para estudar o tempo de persistência do vírus no organismo. Foram coletadas semanalmente amostras de saliva, urina, fezes (swab anal) , secreção nasofaríngea e sangue. Todo o material foi levado ao IMT-USP e inoculado em culturas celulares para verificar a presença de vírus ainda infectante.

"As análises indicam que o RNA viral permanece detectável por mais tempo na saliva e na secreção nasofaríngea. Em 18% dos voluntários, o teste de RT-PCR nesse tipo de amostra permaneceu positivo por até 50 dias. Entre estes, 6% mantiveram-se transmissores [com o vírus ainda se multiplicando] durante 14 dias", conta Mendes-Correa.

Na avaliação da pesquisadora, portanto, os dez dias de isolamento recomendados atualmente pelo Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos para casos leves podem não ser suficientes para evitar novas contaminações.

Imunossuprimidos

Outro braço da pesquisa conduzida no IMT-USP envolve o monitoramento de indivíduos imunossuprimidos infectados pelo SARS-CoV-2. Até o momento, dez voluntários já foram incluídos no projeto e um deles permanece com a infecção ativa no organismo há mais de seis meses.

"Trata-se de um paciente submetido a um transplante de medula óssea antes de ocorrer a infecção. As análises indicam que a carga viral em seu organismo é elevada e que o vírus é altamente infectante. Por esse motivo ele continua em isolamento, mesmo passado um longo período após o início dos sintomas", conta Mendes-Correa.

A pesquisadora ressalta a necessidade de monitorar com atenção casos como esse, que oferecem condições ideais para o surgimento de variantes virais potencialmente mais agressivas.

"O fato de o vírus permanecer se replicando no organismo por tanto tempo favorece a seleção de mutações que conferem vantagens ao microrganismo. Esse paciente tem um alto grau de imunossupressão e está sendo monitorado de perto, dentro de um protocolo de pesquisa. Mas também é preciso se preocupar com a parcela da população que apresenta graus mais leves de imunossupressão, como os portadores de doenças autoimunes [que fazem uso de fármaco imunossupressores], por exemplo", alerta Mendes-Correa.

Fonte: Karina Toledo | Agência FAPESP


Notícia com apoio cultural de    http://emporionaturalista.com.br